Um dia após incluir, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a faixa etária de 5 a 11 anos na campanha nacional de imunização contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar, nesta quinta-feira (6), a vacinação infantil contra o vírus que já matou 308 crianças dessa faixa etária no país até o início de dezembro de 2021.
Apesar do número divulgado pelo Ministério da Saúde do próprio governo, Bolsonaro afirmou que não conhece crianças que morreram de Covid-19. O presidente considerou lamentável a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorizar a vacina. “O quê que está por trás disso? Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí? Qual o interesse das pessoas taradas por vacina?”, disse. E repetiu que sua filha Laura, de 11 anos, não será vacinada.
Pelo cronograma do governo, as vacinas da Pfizer para esse público chegarão em 20 dias ao país. O imunizante tem uma dosagem menor que a dos adultos.
Bolsonaro queria impor a necessidade de prescrição médica e autorização por escrito dos pais para a aplicação da vacina nas crianças, mas o resultado da consulta pública mostrou que a maioria das pessoas é contrária. Especialistas e secretários de Saúde também afirmaram que a medida seria inviável. Com isso, o ministério voltou atrás.
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