A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (6), por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-policial bolsonarista Cássio Rodrigues Costa Souza. A ação atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República. Cássio foi preso em Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas Gerais, com apoio da Polícia Militar.
Segundo a PF, além do mandado de prisão, foi cumprido mandado de busca e apreensão. Há ainda um mandado de prisão contra o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como "Zé Trovão".
Cássio é suspeito de divulgar mensagens, agressões e ameaças contra a democracia. Ele também teria ameaçado o ministro Alexandre de Moraes em suas redes sociais. Um inquérito foi aberto para investigar estas ações.
"A prisão preventiva do autor, no presente momento, revela-se necessária, imprescindível e incontinente, como única medida processualmente adequada, à garantia da ordem pública e salvaguarda à integridade física de Vossa Excelência", disse a PGR, em nota.
Nesse mesmo inquérito, Moraes autorizou, na semana passada, uma operação com buscas e apreensões em endereços ligados ao cantor Sérgio Reis e ao deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ).
A defesa do ex-policial não foi encontrada para falar sobre o assunto.
Novo inquérito
Em julho deste ano, a Polícia Federal abriu um novo inquérito para apurar indícios de atuação de um grupo organizado para atentar contra a democracia e o Estado democrático de direito.
Essa investigação é derivada do inquérito que apurou os atos antidemocráticos de 2020. Nela, o STF já autorizou a prisão do ex-deputado federal e atual presidente do PTB, Roberto Jefferson.
Entenda o inquérito da milícia digital aberto pela Polícia Federal
Na última terça (31), Moraes decidiu manter a prisão preventiva de Jefferson. Segundo o ministro, a detenção do político é necessária diante dos riscos de ele interferir nas investigações e à ordem pública.