Por: Redação / atlanticanews
01/11/2021 - 21:55:05

A campanha Outubro Rosa acende o alerta para a prevenção contra a doença, mas isso não pode ficar no radar apenas neste mês. Conhecer os exames diagnósticos e os caminhos para essa jornada de cuidado é parte importante na luta para diminuir a incidência desse mal entre as mulheres #promo

Um levantamento recente do Instituto Nacional de Câncer calcula que, até 2022, mais de 66 mil casos novos de câncer de mama podem surgir entre as mulheres brasileiras. Esse tipo de neoplasia é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, segundo o Ministério da Saúde, exceto no Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa o primeiro lugar. Por isso, além do tão falado autoexame das mamas, as mulheres precisam ter conhecimento sobre qual o caminho trilhar para prevenir e diagnosticar precocemente um tumor. “A campanha Outubro Rosa nasceu na década de 1990 para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Compartilhar informações e promover a conscientização para que a doença seja detectada de maneira precoce tornou-se um dos maiores ganhos da iniciativa até hoje. A investigação tem que ser feita anualmente, com consultas médicas e exames de imagem indicados de acordo com a idade e risco da mulher”, diz Giselle Mello, coordenadora médica do grupo de mama do Laboratório Fleury e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Embora a informação esteja mais acessível para boa parte das mulheres brasileiras hoje, pode ser confuso decidir por onde começar, quais exames diagnósticos devem entrar na lista e onde é possível encontrá-los.  Segundo Giselle, a maioria dos casos de câncer de mama ocorre após os 50 anos de idade. Mas no Brasil alguns dados mostram que o número de casos novos entre 40 e 50 anos é comparativamente maior a outros países. Por isso, a recomendação é iniciar a mamografia a partir dos 40 anos. Nas pacientes de alto risco, os exames devem começar ainda mais cedo, em geral a partir dos 30.

Nesse sentido, a mamografia ainda é o principal exame para o rastreamento do câncer de mama, “pois detecta lesões não reveladas pelo exame clínico e reduz a mortalidade nas pacientes que a realizam regularmente”, explica a médica. “As chances de cura de um tumor detectado no estágio inicial, menor do que 2 centímetros, podem ultrapassar 90%”, acrescenta. O avanço da tecnologia tornou o exame ainda mais preciso. É o caso da tomossíntese mamária ou mamografia 3D, como também é chamada. O equipamento é capaz de obter múltiplas imagens das mamas numa avaliação tridimensional e mais detalhada. “Estudos mostram que o método melhora as taxas de detecção do câncer de mama, sobretudo nas pacientes com mamas mais densas”, diz a dra. Giselle. Estão disponíveis ainda para essa busca exames complementares, tais como ultrassonografia e a ressonância magnética, que podem ser solicitados por um profissional de saúde se algo anormal for encontrado na mamografia ou mesmo se houver uma queixa clínica.

Dependendo do caso, a paciente poderá necessitar de biópsias e o material coletado será encaminhado para um patologista. “Vale frisar que a maioria das biópsias é benigna e pode ser feita ambulatorialmente sem necessidade de internação ou inatividade prolongada”, acrescenta a especialista. Todos esses exames estão disponíveis no Brasil, por exemplo, no laboratório Fleury, que possui uma rede de cuidados com a mulher que busca prevenção e combate ao câncer. “É importante lembrar que o câncer de mama tem várias causas, desde fatores genéticos e hereditários até aqueles relacionados com estímulo hormonal e os ambientais e comportamentais”, destaca Giselle.

Fatores hereditários e dúvidas sobre maternidade

O câncer hereditário está relacionado a questões familiares e pode ter início mais precoce, antes dos 40 anos. Também há exames capazes de indicar essa propensão, que apontam as mutações dos genes BRCA1 e BRCA2 que estão relacionadas ao alto risco de tumores malignos de mama e de ovário. O estudo molecular desses genes é útil também para fins de aconselhamento genético. Os perfis genéticos podem ser avaliados por exame de sangue, também indicados pelos especialistas.

No Fleury, por exemplo, as pacientes podem encontrar um amplo portfólio de exames genéticos voltados para o câncer de mama. De acordo com a rede de laboratórios, de 5% a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários e é possível identificar as chances de desenvolvê-lo por meio de um teste que avalia 25 genes relacionados ao desenvolvimento desses tumores e ajuda na adoção de medidas para a prevenção. Estudos também têm demonstrado que a amamentação, especialmente por mais de 18 meses, pode reduzir o risco de câncer de mama. Portanto, se você tem um bebê, lembre-se de que, além do cuidado com a criança, o ato de amamentar também vai contribuir para evitar possíveis tumores. Por outro lado, as mulheres que não engravidaram e precisam passar por um tratamento de quimioterapia podem ter redução na sua fertilidade. Nesses casos, há sempre a possibilidade de congelamento de óvulos, serviço igualmente disponível no Fleury.

Cuidar da saúde é o primeiro passo

Além do autoexame, da mamografia, de outros exames de imagem ou mesmo de algum rastreamento genético, hábitos saudáveis também são importantes para afastar riscos de tumores malignos nas mamas. “Mulheres com sobrepeso ou obesas apresentam maior risco de câncer de mama, especialmente após a menopausa, quando a maior parte do estrogênio feminino vem do tecido adiposo. Isso leva a níveis mais altos de estrogênio, que podem provocar os tumores”, alerta Giselle Mello. Portanto, manter uma dieta equilibrada (comer 5 porções de vegetais e 2 frutas, ao menos, por dia), procurar fontes de proteína magras e evitar alimentos processados é parte do processo de prevenção. Movimentar o corpo com exercícios físicos também é uma atitude saudável que pode diminuir riscos de um câncer de mama.

Foto: Getty Images


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