Um dos imóveis da lista de bens do doleiro Alberto Youssef oferecidos à Justiça como parte do acordo de delação premiada da Operação Lava Jato foi alvo de vandalismo no extremo-sul da Bahia. De quatro estrelas, o Web Hotel Príncipe da Enseada, situado no limite entre Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, está fechado há quase um ano, teve as paredes pichadas, estrutura interna destruída e fiação comprometida.
Nas frases escritas nas paredes, há várias citações sobre a estatal que está no centro das investigações sobre um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, com dirigentes envolvidos no pagamento de propina a políticos e executivos de empresas que firmaram contratos com a petroleira. "A Petrobras é do povo" é uma das pichações. Youssef foi preso suspeito de integrar esquema bilionário de lavagem de dinheiro em todo o país.
Oito pessoas foram indiciadas, segundo a delegada Teronite Bezerra, em Cabrália. Dos oito, um vai responder por furto qualificado; os demais serão enquadrados por tentativa de furto qualificado. Todos, no entanto, também foram enquadrados no crime de formação de quadrilha, o que é considerado um agravante. Bezerra conta que nenhum dos suspeitos tem passagem pela polícia e afirma que citaram estar "revoltados" após revelações da Operação LavaJato.
Um dos casos de saques ocorreu no dia 18 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, e foi registrado pela Polícia Militar. Segundo a corporação, cinco pessoas foram presas flagradas com furtos de materiais do tipo aduela de porta e madeira do telhado.
