Por: Redação, com Terra
03/10/2018 - 10:58:29

Chegou o Outubro Rosa e o mundo todo começa uma campanha massiva para a conscientização sobre a importância de um diagnóstico precoce e da prevenção contra o câncer de mama.

A doença é a maior causa de morte cancerígena nas mulheres em todo o mundo. No Brasil, estima-se 600 mil novos casos para 2018, segundo o Instituto Nacional do Câncer — INCA. Se diagnosticado cedo, as taxas de cura do câncer de mama aumentam consideravelmente. E o melhor exame para detectar a doença é a mamografia, muitas vezes evitada por medo de dor ou por mitos infundados.

Segundo o radiologista Maurício Diniz, do Hospital Pai, a mamografia é o exame mais adequado para identificar tumores na mama que não podem ser notados nos exames físicos. "O autoexame é essencial para a mulher conhecer o próprio corpo e reconhecer se há algo de errado, mas não substitui a mamografia. Um tumor só pode ser sentido quando já está maior. Um especialista, por exemplo, só consegue palpar nódulos com cerca de um centímetro ou mais. Já a mamografia é capaz de identificar tumores a partir de 2 a 3mm", explica o médico.

Quando detectado no estágio inicial, a chance de cura do câncer de mama pode chegar a 98%. Além disso, o tratamento costuma ser menos invasivo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, o exame deve ser feito anualmente a partir dos 40 anos de idade por todas as mulheres. Já aquelas com histórico de câncer de mama na família devem passar a realizar regularmente após os 30 anos.

Um dos maiores receios da mulher ao fazer a mamografia é a dor. Durante o exame, as mamas são comprimidas e, por conta disso, a mulher pode sentir desconforto leve a moderado.

Maurício Diniz afirma que diversos fatores influenciam, como o método utilizado, os profissionais, o volume das mamas, se a paciente está no período menstrual ou não. "Os equipamentos mais modernos de mamografia possuem raio laser que comprimem o suficiente sem esmagar os seios da mulher", esclarece o radiologista, lembrando que a dor não pode ser razão para impedir a avaliação.

Mulheres com silicone nos seios podem fazer o exame normalmente. Recentemente, a empresária Camila Gonzaga, de 39 anos, fez o exame de mamografia pela primeira vez. "Tenho prótese mamária e, mesmo assim, achei o exame tranquilo. A compressão é mais leve do que eu imaginava", explica a paciente.

Outro mito é sobre os riscos da radiação emitidos pelo equipamento. "Nos equipamentos mais novos a radiação é emitida em função do peso, o que diminui a incidência da radioatividade. Mesmo nos mais antigos, os raios x que formam a imagem são de baixa energia e o risco é mínimo", afirma Maurício Diniz.

O Ultrassom e a ressonância magnética das mamas são exames complementares para o rastreio do câncer, mas não substituem a mamografia.


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