Por: Clara Gibson
30/07/2017 - 13:20:22

Do dia 1 a 7 de agosto acontece a Semana Mundial de Aleitamento Materno 2017, que tem como tema central: "Amamentar. Ninguém pode fazer por você. Todos podem fazer junto com você". O objetivo da campanha é trazer o tema à tona, discutindo os benefícios da amamentação, tanto para a criança quanto para o bebê.

As evidências sobre os benefícios da amamentação já são conhecidas. Sabemos que ela auxilia a sobrevivência de bebês e os protege de diversas doenças. Além dos benefícios para a saúde, a longo prazo, para as mulheres, amamentar produz benefícios econômicos e melhora o bem-estar. “O desafio para os defensores da amamentação é traduzir essas informações em políticas públicas voltadas para ações positivas em nossas comunidades”, afirma o pediatra Moises Chencinski, presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Os últimos números mostram que, embora cerca de 74% das mulheres no Reino Unido comecem a amamentar no nascimento, o país tem uma das menores taxas globais de amamentação em todo o mundo. Cerca de 85% das mães que pararam de amamentar nas primeiras semanas gostariam de amamentar por mais tempo. E são essas mães que estão sendo afetadas com maior risco de depressão pós-natal.

“Muitas vezes, essas mães sentem uma profunda sensação de falha e culpa. Mas na verdade, é preciso ampliar a compreensão sobre o tema. Falhar na amamentação nunca é responsabilidade da mãe. É o fracasso de um sistema cultural que não lhe permitiu alcançar seus objetivos, ou pelo menos, não lhe ofereceu suporte, informação e apoio suficientes. E é por isso que precisamos falar sempre e mais sobre aleitamento materno”, diz Moises, autor do blog #EuApoioLeiteMaterno.

Já de acordo com o pediatra baiano Ênio Rios, a principal razão das mulheres pararem de amamentar antes dos seis meses (tempo indicado para amamentar até os seis meses de vida) é o trabalho. “A licença maternidade não preenche esse tempo todo, ela só vai até os quatro meses, então muitas vezes as mães deixam de amamentar por conta disso”, explica o pediatra.

O especialista também ressalta sobre os benefícios que a amamentação proporciona a mulher. “[A amamentação] reforça o vínculo com o bebê, estabelece uma relação com ele, evita sangramentos no período pós-parto e também funciona como método anticoncepcional para a mãe que está amamentando de forma exclusiva”, diz ele. De acordo com o médico, o leite materno deve ser o alimento exclusivo do bebê pelo menos até os seis meses.

Sobre a importância da Semana Mundial de Aleitamento Materno, os médicos afirmam que ela serve principalmente para informar e desvendar mitos em torno do aleitamento materno. “As mães muitas vezes deixam de amamentar por falta de informação ou muitas vezes elas deixam de amamentar porque têm informações que são erradas. Algumas acreditam que seu leite é fraco, que não sustenta o bebe, e não existe nada isso, toda mãe tem condição de amamentar seu bebê”, esclarece Ênio Rios.


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