Reportagem da Folha mostra que Paulo Vieira de Souza, conhecido com Paulo Preto e apontado como operador de recursos ilícitos do PSDB, reconheceu à Receita Federal que é dono de quatro contas na Suíça cujos saldos somam R$ 137,4 milhões. Com a admissão ele tenta se livrar da acusação de crime fiscal e afastar suspeita sobre outros tucanos.
Outro destaque do dia é a continuidade da visita do presidente Jair Bolsonaro (PSL) a Israel. A decisão de abrir um escritório comercial em Jerusalém pode ter consequências econômicas negativas para o Brasil. O país se arrisca a perder espaço na exportação de carne bovina, frango, soja e milho para países árabes, que são contra essa medida. Atualmente, as exportações brasileiras para esses países somam US$ 11,49 bilhões e podem ser trocadas pela compra de produtos de outros países, entre eles, Índia, Turquia, Estados Unidos e Argentina.
Para o embaixador tucano e ex-secretário-geral do Itamaraty Marcos Azambuja, a viagem é feita em um momento inadequado, justamente por ser dias antes das eleições no país, marcadas para a próxima semana. Em entrevista ao UOL, ele critica a posição assumida pelo Itamaraty: "O Brasil abandonou a sua equidistância e passou a fazer um jogo exclusivamente ligado a Israel, o que é um erro".
Já em Brasília, a expectativa é que a trégua firmada entre Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) dê um fôlego ao governo e evite que a Casa coloque em votação as chamadas pautas-bombas. Os deputados evitarão votar projetos que apertem o orçamento enquanto aguardam serem recebidos por ministros, numa expectativa de uma melhora na articulação política por parte do Palácio do Planalto.
