Por: Redação Atlântica News
06/02/2019 - 10:24:36

O secretário de Saúde de Ilhéus, Geraldo Magela, assinou um contrato de R$ 4 milhões com uma clínica que já prestava serviço ao município por um valor 652% menor. O contrato chamou a atenção após a publicação do Diário Oficial do município na sexta-feira (1º), onde constava o extrato do novo contrato do Fundo Municipal de Saúde com a clínica COTI.

A COTI pertence a dois parentes próximos do prefeito Mário Alexandre, que trabalhava na empresa antes de vencer a eleição para prefeito e que contratou essa mesma clínica no primeiro ano de seu mandato.

Até 2018, a COTI recebia cerca de R$ 25 mil por mês. A partir deste ano, a clínica pode receber até R$ 168 mil mensais, num prazo que vai durar dois anos, a depender da produção no mês.

Passagens – Geraldo Magela já foi secretário de Planejamento e Meio Ambiente de Eunápolis e secretário de Saúde de Teixeira de Freitas, de Itabuna e de Nova Viçosa. Em Teixeira de Freitas, terminou o mandato com um rombo de R$ 8 milhões nas contas da secretaria e teve os bens bloqueados pela justiça por suspeita de irregularidades em processo licitatório, que tinha como objeto a construção do Centro de Hemodiálise em Teixeira de Freitas.

Ainda em Teixeira, foi acusado pelo então prefeito, Padre Aparecido, de “contar mentiras e ter perdido a oportunidade de sair da prefeitura com dignidade”.

Em 2012, quando secretário de Saúde de Itabuna, Magela foi denunciado ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) pela BS Equipamentos Indústria e Comércio Ltda e virou réu em uma ação de improbidade administrativa. Magela foi acusado de desviar R$ 2,5 milhões.

Segundo uma fonte, Magela chegou a Ilhéus “se autonomeando cota do secretário [estadual de Saúde] Fábio Vilas Boas”, “forjando” uma proximidade com o PT estadual. “Quando ele passou por Itabuna, descia a malha no PT e na Sesab. Agora se diz amigo do Palácio de Ondina”, disse a fonte ao Atlântica News.

Fotos: O Sarrafo/reprodução e Secom/Ilhéus.


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