O ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA) esteve no local que servia de ponto de entrega de propina conforme revelado pelo delator Lúcio Funaro, doleiro e suposto operador financeiro do MDB. A conclusão é da Polícia Federal (PF).
A PF rastreou o celular do ex-ministro por antena de telefonia móvel no local, nas datas e nos horários em que Funaro dizia estar levando malas de dinheiro para Geddel.
A investigação confirmou que Geddel estava nas proximidades do aeroporto de Salvador onde, segundo Funaro, havia um hangar usado pelo ministro para receber o dinheiro. O rastreamento foi possível porque o emedebista usou o celular para fazer ligações, parte para o deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ), que usava Funaro como operador de propinas.
Geddel foi preso na Operação Cui Bono, que investiga fraudes na liberação de empréstimos da Caixa Econômica Federal.
No relatório, o delegado Marlon Cajado detalha que "[...] a análise do terminal utilizado por Lúcio Funaro – (11) xxxx xxxx – , onde é possível verificar que seu telefone utilizou a antena ou estação rádio-base (ERB) das proximidades do Aeroporto de Salvador/BA, no dia 29/01/2014, precisamente às 19:39:52h. De outro lado, às 19:00h da mesma data de 29/01/2014, a ERB do terminal utilizado por Geddel Vieira Lima, (71) xxxx xxxx, também foi registrada nas proximidades do aeroporto de Salvador/BA".
A PF concluiu que há indício de repasse de R$ 16,9 milhões a Geddel Vieira Lima entre 2012 e 2015. Geddel foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de investigação.
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