Por: Davi Machado - Evocar
09/05/2024 - 22:06:23

Programa visa promover a equidade de gênero por meio do acesso à educação, inclusão produtiva e desenvolvimento econômico local de meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade.

São Paulo, maio de 2024 – A Humana, organização da sociedade civil (OSC), completa três anos de fundação e implementa uma nova fase do programa Plano de Vida, com foco no desenvolvimento econômico local de meninas e mulheres indígenas Pataxó Hã-Hã-Hãe da Reserva Indígena Caramuru Catarina Paraguaçu, sul da Bahia. O programa, que conta com o Investimento Social do Instituto Localiza e a gestão financeira da Sitawi Finanças do Bem, visa promover a equidade de gênero, por meio da educação, inclusão produtiva e desenvolvimento econômico local de meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade.

As atividades desta edição do programa são centradas nos saberes ancestrais e conhecimentos das mulheres indígenas, abordando temas como direito ao território, combate e prevenção às violências de gênero e autonomia socioemocional, financeira e intelectual. O objetivo principal é o desenvolvimento do Plano de Vida de cada beneficiária e de uma cooperativa, além de influenciar e desenvolver políticas públicas para a equidade de gênero no Brasil.

Incentivo ao desenvolvimento econômico

O Programa tem a participação de 30 beneficiárias diretas, 4 beneficiárias “amadrinhadas” pelo próprio coletivo, além de mais de 90 pessoas impactadas indiretamente. As ações envolvem as lideranças indígenas do coletivo de mulheres Pataxó Hã-Hã-Hãe, além de uma articuladora social, três especialistas que ficam à frente do conteúdo educacional, uma assistente social e uma psicóloga. Juntamente à equipe da Humana, elas irão propor intervenções e soluções para a construção do Plano de Vida e políticas públicas.

 

“O Programa tem como premissa o impacto social definido a partir de evidências que apontam a faixa etária marcada pelo fim da adolescência e início da vida adulta como o momento em que as jovens são confrontadas com decisões que influenciarão toda sua trajetória de vida”, declara Ana Marinho, cofundadora da Humana.

 

Ela complementa: “Sabemos que os modos de vida em um território indígena parte de um funcionamento próprio da comunidade para nós é premissa o respeito aos saberes durante toda a implementação do Programa. Vamos impactar e apoiar o desenvolvimento econômico das meninas e mulheres, mas faremos isso incentivando a própria autonomia delas, a fim de não impor padrões não-indígenas”.

 

A Humana possui o Fundo pela Equidade de Gênero que já recebeu R$ 360 mil de investimento social e, para a 2ª edição do Programa Plano de Vida, estão destinados R$ 200 mil. A gestão financeira é realizada pela Sitawi, organização que possui expertise na gestão de recursos e já alcançou a marca de 100 Fundos Filantrópicos geridos. Para Fernanda Pessoa, gerente de Gestão de Filantropia da Sitawi, a renovação da parceria com a Humana traz um novo olhar para a luta dessas mulheres. 

 

“Precisamos de mais projetos que coloquem povos indígenas no centro do debate. Ações como essa, que estão voltadas ao empoderamento e desenvolvimento de meninas e mulheres indígenas, são necessárias e urgentes. Nosso propósito é mobilizar capital para impulsionar propósitos transformadores. Portanto, é muito gratificante para nós apoiarmos iniciativas que fazem a diferença nesse sentido”, destaca Pessoa.

 

Arte indígena como autonomia financeira

Uma das metas de impacto social do programa é realizar a formalização de uma cooperativa, liderada pelas mulheres do coletivo indígenas Pataxó Hã-Hã-Hãe, para que desenvolvam o trabalho de arte e artesanato, possibilitando a geração de renda e o desenvolvimento econômico local.

 

“Eu vejo que esses recortes são necessários para a gente fortalecer e buscar políticas públicas para garantir a participação da juventude e da mulher indígena nos espaços de tomada de decisão, de escuta e de construção, então esse é o meu desejo e o que eu visualizo da importância do projeto na minha comunidade”, explica Hamangaí Pataxó Hã-Hã-Hãe, jovem indígena da Aldeia Caramuru Catarina Paraguaçu e conselheira da Humana.

 

Para ela, a mudança estrutural e a articulação coletiva são essenciais para alcançar o objetivo desejado: “O impacto é muito nesse sentido de realmente termos esse movimento de empoderamento e de autonomia dessas meninas. E que a gente possa estruturar algo para dar possibilidade para a juventude da mulher indígena da Bahia, o segundo estado com a maior população indígena do Brasil”, finaliza.

 

Sobre a Humana

A Humana é uma organização que tem como missão influenciar políticas públicas que promovam mudanças estruturais na sociedade, atuando pela equidade de gênero no Brasil. Em 3 anos já impactou +2.000 meninas e mulheres e mobilizou R$ 360 mil para o Fundo pela Equidade de Gênero. A meta de expansão da Humana é impactar socialmente 30 mil meninas e mulheres até 2026.  Mais informações: www.humana.org.br e Fundo Filantrópico Humana pela Equidade de Gênero - Sitawi

 

Sobre a Sitawi 

A Sitawi Finanças do Bem é uma organização sem fins lucrativos fundada em 2008 que desenvolve infraestrutura financeira para a Economia de Impacto. Em sua trajetória já mobilizou mais de R$ 465 milhões para impacto socioambiental para mais de 3 mil iniciativas que beneficiaram 14 milhões de pessoas e apoiaram a conservação de 5 milhões de hectares, em todo o país. Mais informações: www.sitawi.net

 


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