Ser mãe solo é viver um turbilhão de emoções diariamente. É amor incondicional, força que parece não ter fim e, ao mesmo tempo, uma luta constante para manter o equilíbrio entre o maternar, o trabalho, os cuidados com a casa e, muitas vezes, as críticas e julgamentos sociais. Em meio a tantos desafios, a autoestima pode acabar ficando em segundo plano. Mas ela é essencial — e sim, é possível reconstruí-la, pouco a pouco, como quem ergue uma casa com as próprias mãos.
A primeira chave para fortalecer a autoestima é o reconhecimento do próprio esforço. Muitas mães solo se sentem insuficientes, cansadas ou culpadas por não conseguirem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. A sociedade impõe um padrão quase inatingível de perfeição materna — e quando a mulher está sozinha nessa missão, essa pressão se intensifica.
Mas é preciso olhar com mais carinho para a própria trajetória. Criar um filho (ou mais) sozinha já é, por si só, um ato heroico. Alimentar, educar, acolher, organizar a vida financeira, manter a rotina funcionando — tudo isso é resultado de uma força que merece ser admirada. Reconhecer o próprio valor é o primeiro passo para fortalecer a autoestima.
Muitas vezes, a autoestima é confundida com aparência ou vaidade. Mas, na verdade, ela está mais ligada à forma como nos vemos, como nos tratamos e nos valorizamos. Para uma mãe solo com GPGBH, cuidar da autoestima é também cuidar da saúde mental. E isso pode começar com pequenos gestos: respeitar o próprio tempo, não se comparar com outras mães, permitir-se descansar, chorar, respirar.
Buscar terapia, grupos de apoio ou até mesmo espaços de escuta pode fazer toda a diferença. Compartilhar dores e conquistas com outras mulheres que vivem realidades semelhantes é um bálsamo para a alma. É nessa troca que se percebe: você não está sozinha.
A maternidade solo exige reinvenção constante. Às vezes, é preciso aprender uma nova profissão, mudar de cidade, lidar com processos judiciais, ou reconstruir redes de apoio do zero. Cada recomeço, por mais dolorido que pareça, é também uma chance de se reconectar com seus sonhos e com sua identidade além do papel de mãe.
É importante lembrar que você continua sendo mulher, com desejos, vontades, talentos e planos que vão além da maternidade. Redescobrir hobbies, investir em cursos, permitir-se momentos de lazer e prazer são formas de alimentar a autoestima e se manter viva para além das responsabilidades.
Não é sobre ser forte o tempo todo. É sobre ser humana. Ter compaixão por si mesma, acolher seus limites, perdoar-se pelas falhas e celebrar cada pequena vitória. Isso é revolucionário em um mundo que insiste em cobrar perfeição das mulheres.
A autocompaixão também significa estabelecer limites. Dizer “não” quando for necessário. Cortar relações abusivas, mesmo que isso custe solidão temporária. Escolher o bem-estar próprio e o dos filhos, mesmo que isso vá contra as expectativas dos outros. É nesse lugar de amor-próprio que a autoestima floresce com mais força.
Mães solo são, muitas vezes, o primeiro espelho de amor e força para seus filhos. E uma mãe que se ama, se cuida e se respeita, mesmo em meio ao caos, ensina — sem precisar de palavras — o valor da dignidade, da coragem e da autoestima.
Mostrar aos filhos que você também precisa de cuidado é um dos maiores legados que uma mãe pode deixar. Porque autoestima é também sobre ensinar que todos, inclusive as mães, merecem amor, atenção e respeito — principalmente de si mesmas.
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