Projeto de iniciação científica, resultou na cartilha que aborda, de forma clara, como se dirigir à pessoa trans e quais cuidados são fundamentais no acolhimento e no atendimento a esse público
No mês que celebra a diversidade e tem em seu calendário, no dia 28, o Dia Internacional do Orgulho LGBT, a Faculdade Pitágoras de Medicina, localizada em Eunápolis (BA), desenvolveu um projeto inovador de atenção à saúde de pessoas trans.
Após apresentação de um Projeto de Iniciação Científica intitulado “Desafios enfrentados pelas mulheres trans na atenção à saúde segundo a perspectiva dos estudantes de medicina" no II Congresso Nordestino de Educação Médica, realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) ao final do mês de maio, nasceu o desejo de desenvolverem um dicionário inclusivo, que saiu do papel com financiamento da Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular (Funadesp) e apoio de profissionais da Atenção Primária à Saúde de Eunápolis, pessoas trans de diferentes regiões do país e 100 estudantes de graduação médica.
O estudo desenvolvido pelas alunas Mariaba Lopes Rios e Tatiana Gambareli Sanches, sob orientação da professora Dra. Henika Priscila Lima Silva, reflete o compromisso da instituição com a formação de profissionais de saúde mais humanizados, éticos e atentos às demandas da sociedade brasileira.
Como produto desta pesquisa, os estudantes desenvolveram o "Dicionário LGBT na Saúde", uma cartilha com linguagem acessível e conteúdo essencial para estudantes, profissionais e equipes de saúde. Com 12 páginas, traz explicações claras sobre quem são as pessoas trans, como se dirigir a elas e quais cuidados são fundamentais no acolhimento e no atendimento desse público.
“A desinformação ainda é um obstáculo para o cuidado integral e humanizado. Nosso objetivo é oferecer informações práticas e baseadas em políticas públicas de saúde para que os futuros profissionais se sintam mais seguros e preparados para oferecer um atendimento digno. Para tanto, investir na formação continuada dos profissionais de saúde é crucial para assegurar um atendimento qualificado e livre de discriminação”, destaca a professora do curso de Medicina da Faculdade Pitágoras, Henika Priscila Lima Silva.
Segundo dados da Política Nacional de Saúde Integral de LGBT+, o acesso universal e igualitário à saúde é um direito garantido a essa população, mas que ainda enfrenta entraves causados por estigmas e preconceitos. A cartilha busca justamente auxiliar na superação dessas barreiras, promovendo uma prática mais inclusiva, respeitosa e qualificada.
A participação da Faculdade Pitágoras de Medicina em ações como essa reforça seu papel como instituição de ensino engajada na construção de uma educação médica mais inclusiva, crítica e alinhada com as transformações sociais.
ACESSO AO MATERIAL:
A cartilha está disponível, basta clicar no link: Dicionário LGBT na Saúde
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