Anunciado como novo técnico do Flamengo, Renato Gaúcho precisou de 22 anos para realizar um sonho. Do modesto Bangu, clube em que iniciou a carreira como treinador em 1999, ao seu Grêmio do coração, o treinador nunca escondeu o desejo de voltar a vestir rubro-negro. A hora, enfim, chegou.
O Renato que volta à Gávea chega credenciado por taças e a pecha de ser, para muitos, um dos melhores treinadores do país. Ex-ponta com quatro passagens pelo clube, o gaúcho, assim como nos tempos de jogador, divide opiniões. Amado ou odiado, ele terá de reconquistar o coração de muitos rubro-negros.
Os defensores de Renato são aqueles que não esquecem do atacante driblador que arrebatou o torcedor em sua primeira passagem. Ao lado de Zico, Bebeto, Andrade e companhia, ele integrou um esquadrão que levantou a Copa União e ficou marcado como um dos maiores times da história do Flamengo.
Adaptado ao Rio de Janeiro, Renato criou uma rara química com a arquibancada e assumiu o papel de ídolo. Após breve passagem pela Roma, voltou ao clube para levantar a Copa do Brasil em 1990. Ele ainda retornaria ao clube em 1993 e 1997, mas suas passagens não tiveram o mesmo brilho, embora o amor da arquibancada seguisse intacto. Ou quase.
Depois de um período apagado no Atlético-MG, o ex-jogador já era tachado como um atleta em fim de carreira. Foi neste cenário que ele passou de herói a vilão para grande parte dos rubro-negros. No ano do centenário do Flamengo, o então camisa 7 liderou um desacreditado Fluminense ao título carioca sobre o maior rival. O gol de barriga entrou para a história e transformou sua relação com a Nação.
Ao vestir as cores do Fluminense, Renato passou a fazer da torcida rubro-negra um de seus alvos preferidos. A cada gol marcado contra o Flamengo, pedidos de silêncio para arquibancada. A cada toque na bola, vaias e gritos ofensivos da parte vermelha e preta.
Essa convivência de amor e ódio não se limitou apenas ao campo. Já como treinador, sempre teve de conviver com certa hostilidade dos rubro-negros. No fundo, uma mensagem de admiração ao antigo "filho".
Esse ambiente de provocações não cessou nem em peladas de fim de ano. A cada edição do "Jogo das Estrelas", evento beneficente promovido pelo Galinho de Quintino, os rubro-negros não deixaram de pegar no pé do agora cinquentão.
Com o casamento reatado, cabe às partes superarem as divergências e caminharem no mesmo rumo. A partir de agora, o sonho de Renato é o mesmo de cada torcedor.
Acabou o jejum da Argentina. Ganhou a Copa América, um título que não tinha desde 1993 no Equador. E nenhum outro.
Foi um time mais coeso, mais unido e lutador contra outro, que viveu de Neymar. Ele fez uma grande partida. Um guerreiro. Muito acima de seus companheiros. Ajudou todos e pouco foi ajudado.
Só para comparar: Messi jogou muito menos que Neymar, mas havia um time organizado para sustentá-lo.
São dependências diferentes.
A Argentina luta muito para Messi resolver.
O Brasil espera que Neymar resolva.
E o grande jogador foi De Paul. Uma partida épica. No meio, na frente, um combatente em campo. Jogou mais que o meio campo todo do Brasil.
O Brasil não pode reclamar. A Argentina foi mais time.
Ao se naturalizar italiano, Jorge Luiz Frello Filho não imaginava o tamanho da história que escreveria com a tradicional camisa da Azzurra. Diante de quase 60 mil torcedores em Wembley, em Londres, Jorginho converteu com talento e estilo o pênalti decisivo na disputa com a Espanha e deixou a Itália a um passo de pôr fim a uma espera de 53 anos e conquistar o bicampeonato da Eurocopa.
Nascido em 1991 em Imbituba, cidade catarinense mais conhecida por suas ondas do que pelo futebol, Jorginho não chegou a jogar profissionalmente no Brasil. Descendente de italianos, se mudou para a Itália aos 15 anos e iniciou nas categorias de base do Verona. O volante despontou no Napoli, mas jamais esteve no radar da seleção brasileira.
Assim, o convite da Azzurra se tornou irrecusável. Hoje, aos 29 anos, é candidato ao prêmio de melhor do mundo e chegou em todas as finais possíveis desde que foi contratado pelo Chelsea, em 2018: Liga dos Campeões, Liga da Europa, FA Cup, Copa da Liga Inglesa e Eurocopa. No final do ano, disputará o Mundial de Clubes.
“A seleção brasileira sempre vi como uma coisa muito distante, pelo fato de nunca ter atuado no Brasil profissionalmente e ter chego aqui com 15 anos de idade. Então, como a Itália abriu as portas para mim, eu não podia fechar. Pesou muito essa questão de ter vindo bem cedo”, contou, em entrevista à ESPN, em 2018.
Outra história curiosa da infância de Jorginho é o modo como surgiu nele a paixão pelo futebol. Diferentemente da maioria, o jogador teve sempre como inspiração no futebol a própria mãe, que chegou a atuar como atleta amadora.
“Eu sabia que, para a minha mãe, aquilo significaria muito. A gente vem de Imbituba, de uma família simples, de uma cidade pequena, até chegar em Londres e ver a camisa do filho pendurada em todo lugar”, contou um emocionado Jorginho, ao Esporte Espetacular.
“Eu era perna de pau. Desculpa, pai. Mas a mãe que tinha o talento”, brincou. “Eu via muito ela jogando. Onde ela ia, eu estava atrás dela. Para todo lado que ela ia, eu queria estar junto.”
Jorginho e Emerson Palmieri, outro brasileiro naturalizado, são os únicos que podem ser campeões da Champions e da Euro na mesma temporada.
Vice-campeã em 2000 e 2012, quando foi derrotada justamente pela Espanha, a Itália foi campeã europeia apenas em 1968, na terceira edição do torneio. Com o empate em 1 a 1 ontem no tempo normal, a seleção treinada por Roberto Mancini alcançou impressionantes 33 jogos de invencibilidade. Está a dois do recorde mundial de Espanha (em 2009) e Brasil (1996).
Para entender o tamanho da classificação da Itália, é preciso olhar para a história. A Espanha jamais havia sido eliminado em uma semifinal de Eurocopa — havia disputado quatro e se classificado em todas (campeã em 1964, 2008 e 2012 e vice em 1984). Também nunca havia sido derrotada em disputa de pênaltis no torneio continental. Até esta terça-feira.
O gol italiano foi marcado por Chiesa, que fez a Azzurra se tornar a segunda seleção da história da Euro a ter cinco jogadores diferentes com dois ou mais gols em uma mesma edição (Chiesa, Pessina, Insigne, Immobile e Locatelli). Apenas a França, em 2000, atingiu esse feito — e ficou com o título.
— Não consigo descrever minha emoção com palavras — disse Chiesa.
—Estamos muito felizes, o mérito é todo dos jogadores, que sempre acreditaram. Agora nos falta o último passo, e temos que nos recuperar, porque hoje foi um jogo muito exigente. Sofremos com a posse de bola da Espanha, mas chegamos à final — disse o treinador italiano Roberto Mancini.
Do outro lado, uma guerreira Espanha viu o criticado Álvaro Morata, defendido com unhas e dentes pelo técnico Luis Enrique, se tornar o maior artilheiro espanhol em Euros com seis gols, superando Fernando Torres, com cinco.
Porém, no momento decisivo, a Itália levou a melhor. Morata, candidato a herói, desperdiçou a cobrança, assim como Dani Olmo, um dos melhores em campo.
— Isso é futebol. Fomos melhores, o nosso jogo prevaleceu, não merecíamos ficar atrás. Sinto muito orgulho por todos os meus companheiros, pelo grupo, pelo torneio que realizamos. Deram a Itália como favorita, mas fomos superiores — analisou o capitão Sergio Busquets.
Marca foi atingida com a confirmação da dupla Bruno Soares e Marcelo Melo, no tênis Conteúdoredacao@correio24horas.com.br
O Brasil terá a maior delegação de sua história para uma Olimpíada fora de casa em Tóquio. Os números ainda podem ser maiores, mas até o momento já estão garantidos 278 atletas para a competição, superando a maior marca anterior, dos Jogos de Pequim, em 2008, quando o Time Brasil contou com 277 pessoas.
A nova marca foi atingida com a confirmação da dupla Bruno Soares e Marcelo Melo, no tênis. As vagas foram asseguradas nesta segunda-feira (28) pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês).
A parceria confirmou a classificação pelo ranking combinado entre eles, dois dos melhores duplistas do circuito nos últimos anos. Soares é o atual 13º do mundo, mas já foi número dois. Melo figura em 19º, porém já ocupou a liderança do ranking da ATP nas duplas.
"Já sabíamos que iríamos entrar, até pela soma dos nossos rankings, que é boa, mas hoje veio a confirmação oficial. Estou muito feliz mesmo em poder fazer parte dos Jogos Olímpicos mais uma vez, é o objetivo de qualquer atleta. É uma honra poder representar o Brasil em Tóquio", comemorou Soares.
Eles vão disputar a Olimpíada pela terceira vez. Acostumados a jogar juntos na Copa Davis, eles chegaram às quartas de final tanto em Londres-2012 quanto no Rio-2016. Os duplistas se juntam a João Menezes e Thiago Monteiro, que vão jogar na chave de simples. Menezes assegurou a classificação ao faturar o ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. Monteiro, confirmado na semana passada, entrará na Olimpíada pelo ranking direto.
A representatividade nesta edição olímpica só não é maior que no evento anterior, no Rio, em 2016, quando o Brasil contou com 465 atletas. Isso porque, por ser sede dos Jogos, muitas modalidades tinham suas cotas máximas de vagas garantidas e outras nas quais o Brasil não costuma se classificar tiveram participação, como hóquei sobre a grama.
Um dado importante é que, em Tóquio, o Brasil não terá algumas modalidades coletivas que poderiam ampliar o número de esportistas na delegação, como basquete feminino (masculino ainda busca a vaga) e polo aquático nos dois gêneros.
A sétima rodada da atual edição do Brasileirão se encerra na noite desta segunda-feira (28), com Atlético-GO x RB Bragantino, mas o Massa Bruta tem o primeiro lugar garantido nesta semana. Isso porque as demais equipes já entraram em campo e, ainda assim, a equipe de Maurício Barbieri segue líder.
O Bragantino soma 14 pontos na tabela e defende a invencibilidade na competição nacional, após quatro vitórias e dois empates. Caso triunfe sobre o Dragão, o time do interior aumenta a vantagem para o segundo colocado em quatro pontos.
Athletico-PR, Palmeiras e Fortaleza completam o G4 do campeonato, respectivamente. O Furacão e o Verdão têm 13 pontos cada (Athletico leva a melhor em critérios de desempate), ao passo que o Leão do Pici conta com 12.
Já na zona de rebaixamento, aparecem São Paulo, Chapecoense, América-MG e Grêmio. O Tricolor Gaúcho inclusive é o lanterna do torneio, com dois pontos acumulados em cinco partidas.
Arthur Manoel, de 15 anos, considerado uma das maiores promessas e artilheiro da base Rubro-Negra, está de saída do Flamengo. O jogador iria assinar o contrato de formação com o Mais Querido, mas a proposta feita pelo clube não foi aceita pelos pais do atacante.
Os pais de Arthur vão entrar na justiça com uma ação contra o Mengão pelo fato de entenderem que o clube não tem direito de formação do jovem. O artilheiro já recebeu propostas de grandes clubes do futebol brasileiro. O seu futuro é analisado por seu pai.
O jovem chegou ao Mengão com 8 anos para um período de testes. Se destacou tanto que foi aprovado após dois treinos para integrar o sub-9 de futsal. Nos primeiros quatro anos como jogador do Flamengo, conquistou o Campeonato Carioca de 2018 contra o Fluminense, na ocasião, marcou dois gols e foi o destaque da competição. E, a Aldeia Cup contra o Corinthians, marcando o gol do título.
Os confrontos das oitavas de final da Copa do Brasil foram definidos na tarde desta terça-feira, após sorteio realizado na sede da CBF, no Rio de Janeiro. Apenas dois duelos serão entre clubes que estão atualmente na Série A do Campeonato
Brasileiro: Bahia x Atlético-MG e Athletico-PR x Atlético-GO.
Veja todos os confrontos:
São Paulo x Vasco
Fluminense x Criciúma
Grêmio x Vitória
CRB x Fortaleza
Flamengo x ABC
Athletico-PR x Atlético-GO
Bahia x Atlético-MG
Juazeirense x Santos
Após a definição dos confrontos, a CBF vai sortear também a ordem de mando de campo das partidas. Esta reportagem será atualizada na sequência.
O calendário da CBF prevê que os jogos de ida e volta das oitavas de final da Copa do Brasil sejam realizados entre o fim de julho e início de agosto. As datas e os horários serão divulgados pela entidade posteriormente.
Nas quartas de final, haverá novo sorteio para definir os confrontos com os classificados. Só então será definido o chaveamento completo até a decisão da Copa do Brasil.
Não é preciso ter um profundo conhecimento da história da Fórmula 1 para reconhecer a imagem de Ayrton Senna comemorando uma vitória na Fórmula 1 com a bandeira do Brasil. Nesta terça-feira, completam-se 35 anos da conquista do piloto que deu origem à tradição, no GP de Detroit de 1986, nos Estados Unidos.
O gesto adquiriu um significado especial na época, já que se deu um dia após a eliminação do Brasil pela França nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986, no México. O triunfo de Senna serviu como "revanche" sobre os franceses, sobretudo os mecânicos da Lotus (com o motor francês da Renault) e o projetista Gerard Ducarouge, que provocaram o brasileiro então piloto da Lotus pelo resultado em Guadalajara ao longo do fim de semana.
- Depois da derrota de ontem, acho que, dentro do possível, deu uma compensada. Quando acabou a prova, vi muitos brasileiros aqui na arquibancada com bandeira e as cores do Brasil. Então eu parei, pedi, e um brasileiro me deu a bandeira. Valeu o esforço! - contou o tricampeão em entrevista na época.
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Na manhã desta quinta-feira (17), o técnico André Jardine convocou os 18 jogadores que vão ao Japão para defender o ouro olímpico.
Tudo pronto! Na manhã desta quinta-feira (17), o técnico da Seleção Olímpica, André Jardine, anunciou os 18 convocados para defender o ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. No auditório da Casa do Futebol Brasileiro, no Rio de Janeiro, Jardine divulgou a lista dos atletas que farão parte da Amarelinha no Japão, no próximo mês.
A lista final conta com dez jogadores atuantes no futebol brasileiro e oito que jogam na Europa. Além da geração sub-23 - excepcionalmente sub-24 em Tóquio 2021 – André Jardine e sua comissão técnica também convocaram três atletas acima da faixa etária, conforme permitido pelo regulamento do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos. São eles: o goleiro Santos, do Athletico, o zagueiro Diego Costa, do Sevilla (ESP) e o lateral Daniel Alves, do São Paulo.
Campeã no Rio, em 2016, a Seleção Olímpica já sabe quais serão seus primeiros passos rumo ao lugar mais alto do pódio em Tóquio. No grupo D, o Brasil iniciará sua trajetória em Yokohama, contra a Alemanha, no dia 22 de julho. A segunda rodada será disputada no mesmo estádio, contra a Costa do Marfim, no dia 25. O fim da fase de grupos será no dia 28 de julho, contra a Arábia Saudita, em Saitama.
Confira a lista oficial dos convocados abaixo:
GOLEIROS
Santos - Athletico
Brenno - Grêmio
LATERAIS
Daniel Alves - São Paulo
Gabriel Menino - Palmeiras
Guilherme Arana - Atlético-MG
ZAGUEIROS
Gabriel Guimarães - Arsenal (ING)
Nino - Fluminense
Diego Carlos - Sevilla (ESP)
MEIAS
Douglas Luiz - Aston Villa (ING)
Bruno Guimarães - Lyon (FRA)
Gerson - Flamengo
Claudinho - Red Bull Bragantino
Matheus Henrique (Grêmio)
ATACANTES
Matheus Cunha - Hertha Berlim (ALE)
Malcom - Zenit (RUS)
Antony - Ajax (HOL)
Paulinho - Bayer Leverkusen (ALE)
Pedro - Flamengo
A Justiça mandou Caio Ribeiro, comentarista da TV Globo, pagar uma dívida de R$ 3,4 milhões contraída junto ao Banco Bradesco. Os advogados de Caio pediram que a Justiça não bloqueie o patrimônio do ex-jogador enquanto ele não apresentar defesa à execução da dívida.
De acordo com os advogados do Bradesco, a dívida foi adquirida por concessão de crédito feita em abril de 2018 no valor de R$ 3 milhões. O financiamento feito pelo comentarista previa o pagamento em 360 meses (30 anos), iniciado a partir de maio de 2018.
Segundo o Bradesco, Caio enfrentou dificuldades financeiras no ano seguinte, fazendo a renegociação da dívida. Porém, o banco alega que o comentarista continuou sem pagar as prestações.
A defesa de Caio quer usar um imóvel no valor de R$ 4,5 milhões como garantia de pagamento enquanto a discussão sobre a dívida se desenrola na Justiça. Os advogados do Bradesco falam que o imóvel usado como garantia por Caio Ribeiro sofreu desvalorização e que possui um valor menor do que a dívida do comentarista, que hoje está em R$ 3,4 milhões, segundo cálculos do banco.
No processo, Caio Ribeiro entende que o banco jamais poderia ter ajuizado a execução da dívida, pois vai contra os procedimentos previstos no contrato de financiamento. E que, por força de lei, qualquer cobrança deve ser realizada primeiro em cima da garantia contratual, que é o imóvel. A defesa também informou que, oportunamente, irá questionar o valor dos cálculos apresentados pelo banco.
Na semana passada, o juiz Eduardo Moeller ordenou o Bradesco a se manifestar sobre o pedido dos advogados do ex-jogador.
O que diz Caio Ribeiro
Caio Ribeiro tem sido procurado pela coluna desde sexta-feira. O ex-jogador foi contatado por meio de mensagens e ligações, mas não respondeu. A coluna entrou em contato com os advogados de Caio Ribeiro, mas também não obteve resposta. A Globo também não se manifestou. A reportagem fica à disposição caso Caio queira se manifestar.