Foi instaurado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (16), um processo disciplinar contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a respeito da declaração de teor intimidante que fez à deputada e ex-ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário (PT-RS), de que não a estupraria porque ela "não merecia".
A representação para o processo foi feita pelos partidos PT, PCdoB, PSOL e PSB. "Ela costuma agredir e fugir. Eu dei o troco nela", defendeu-se Bolsonaro.
Em sua defesa aos membros do Conselho, Bolsonaro disse que suas declarações foram distorcidas e que não houve ameaça de estupro ou quebra de decoro parlamentar, e que espera que o processo seja arquivado, como já aconteceu em outras ocasiões.
Na segunda-feira, a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, ofereceu uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro. A procuradora considerou que o deputado incitou a prática do estupro.
"O que aconteceu a gente não pode se arrepender", afirmou Bolsonaro.
