Fatos ocorridos ontem e nesta quarta-feira (16/04) fizeram o prefeito de Eunápolis, Neto Guerrieri (PRTB) convocar uma coletiva com a imprensa local, na manhã de hoje, quando falou sobre o Transporte Alternativo.
O gestor afirmou que o canal de diálogo que mantinha com a categoria foi encerrado e, a partir de agora, o tratamento a esses profissionais será “endurecido”.
Os fatos citados pelo prefeito como motivo desse endurecimento ocorreram na tarde de ontem e na manhã desta quarta-feira. Na tarde de ontem, os alternativos teriam tentado intimidar sua família, indo à sua residência, permanecendo à frente da casa por longo tempo com atitudes que ele considerou ameaçadoras.
Durante a coletiva, o prefeito distribuiu cópias de uma Certidão emitida pela 23ª Coordenadoria Regional de Polícia (FOTO), dando conta de que o gestor prestou queixa contra as pessoas que teriam ameaçado sua família. No documento, tratados como “um grupo se denominando transporte alternativo”.
Foto oxarope
Na manhã desta quarta-feira, os alternativos bloquearam a garagem da empresa de transportes Eunapolitana, impedindo por praticamente toda a manhã, a saída dos ônibus. O que resultou na falta de transporte para a população.
Segundo o prefeito, esses dois fatos o fizeram encerrar as conversas que vinha tendo com os alternativos, salientando ainda que medidas judiciais serão também tomadas.
Esse “endurecimento”, de acordo com o que Neto explicou, representa mais rigor contra a atividade dos alternativos, com blitzen mais frequentes, multas, apreensão de veículos e a cassação dos alvarás já concedidos, há cerca de uns três meses, quando o prefeito propôs a legalização de 23 desses veículos, classificando-os como táxis, com a emissão de alvarás.
O prefeito alegou ter tido, ao longo desse mais de um ano da sua gestão, todo o interesse em regulamentar o trabalho desses trabalhadores, mas agora, rompeu: “Tentamos de todas as formas evitar que a situação chegasse a esse ponto, mas não houve por parte deles essa compreensão”, desabafou Neto.
A reportagem ouviu o representante dos alternativos, Gilson Santos Mireli. O representante da categoria confirmou a ida e estada do seu grupo na frente da residência do prefeito, porém, negou as ameaças. Afirmou que a ida à casa do gestor teria sido apenas para tentar falar com ele, uma vez que eles não conseguiam falar pessoalmente. E que, quando desistiram de esperar, teriam deixado um bilhete na caixa postal da residência, e pedido a empregada da casa, para entrega-lo a Neto.
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