Uma operação especial das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu sete executivos importantes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) na madrugada desta quarta-feira (27), horário brasileiro. Os presos são acusados de corrupção. Entre eles está o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, não está entre os investigados.
Em dois dias haveria a eleição para a presidência da Federação, por isso todos os detidos estavam, no momento da prisão, hospedados em um hotel luxuoso em Zurique.
Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um “esquema de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol”.
Além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Um mandado de busca também será executado na sede da Concacaf, em Miami, nos EUA.
O brasileiro J.Hawilla, dono da Traffic, conhecida empresa de marketing esportivo, é um dos réus que se declararam culpados, assim como duas empresas de seu grupo, a Traffic Sports International Inc. and Traffic Sports USA Inc.
Segundo a justiça dos EUA, em dezembro de 2014, ele concordou em pagar mais de 151 milhões de dólares, sendo que US$ 25 mi foram pagos na ocasião. As acusações são de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.
O grupo será extraditado para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação.
Veja a lista com os 14 acusados na investigação:
Alejandro Burzaco, 50, argentino
Aaron Davidson, 44, norte-americano
Rafael Esquivel, 68, venezuelano
Eugenio Figueredo, 83, uruguaio
Hugo Jinkis, 70, argentino
Mariano Jinkis, 40, argentino
Nicolás Leoz, 86, paraguaio
Eduardo Li, 56, costarriquenho
José Margulies, conhecido como José Lazaro, 75, brasileiro
José Maria Marin, 83, brasileiro
Julio Rocha, 64, nicaraguense
Costas Takkas, 58, britânico
Jack Warner, 72, trinitino
Jeffrey Webb, 50, caimanês