Por: Beny Schmidt
22/06/2016 - 09:17:20

Para um cientista ou pesquisador que conhece a patologia muscular, a aposentadoria simplesmente não existe. Como bem se sabe, os idosos que param de trabalhar normalmente adoecem e vão a óbito precocemente. A patologia muscular é categórica neste assunto. Primeiro, porque o princípio de qualquer ser vivo é o movimento. Segundo, porque a inatividade cursa com atrofia muscular, especialmente nos humanos, das fibras musculares do tipo 2. Além do trabalho, os idosos (pessoas com mais de 60 anos) deveriam praticar atividades físicas aeróbicas, para manter o metabolismo das fibras do tipo 1, e anaeróbicas, para as fibras do tipo 2.

Se fosse bem assimilado por nós, este simples conceito da patologia muscular poderia resolver o problema de centenas de países que já não conseguem fechar a conta com os aposentados e que, com o aumento da população mundial de idosos, se transformarão em um sistema caótico, produtor de moléstias e de desperdício de dinheiro público.

Filosoficamente, nós sabemos também, em relação à felicidade humana, que não basta só amar, é preciso trabalhar. Foi a natureza que nos fez assim. Ela não aprova a inatividade e exige de nós criação e trabalho até o último segundo de nossas vidas.

Em resumo, os sistemas públicos de saúde teriam duas extraordinárias vantagens. Primeiro, com o fim da aposentadoria indiscriminada. Segundo, com a apologia ao trabalho, diminuiríamos a sinistralidade por conta do declínio da incidência das mais variadas doenças, contribuindo para uma sociedade sã e feliz. 

Sobre Beny Schmidt

Ao receber do Conselho Regional de Medicina (CRM) o registro de qualificação de Especialista em Neurologia, em abril de 2016, Beny Schmidt tornou-se o único latino-americano a acumular os títulos de patologista e neurologista, um feito inédito na história da medicina brasileira.

É chefe e fundador do Laboratório de Patologia Neuromuscular da Escola Paulista de Medicina e professor adjunto de Patologia Cirúrgica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe são responsáveis pelo maior acervo de doenças musculares do mundo, com mais de doze mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do músculo esquelético - a distrofina.

Beny Schmidt possui larga experiência na área de medicina esportiva, na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil, atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro Esportivo Clube Atlético Paulistano).

Foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo com a entrega da Medalha Anchieta e do Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, como agradecimento por todos os seus feitos em prol da saúde.  Seu pai, Benjamin José Schmidt, foi o responsável por  introduzir no Brasil o teste do pezinho.

 


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