O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta terça-feira (8) aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República e abrir ação penal contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Com a abertura do processo, Geddel e os demais investigados se tornam réus no processo. Apenas ao final do julgamento é que o STF decidirá se eles são culpados ou inocentes dos crimes pelos quais são acusados.
A investigação está relacionada à apreensão, pela Polícia Federal, de R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador.
Dinheiro armazenado em apartamento e atribuído a Geddel.
A decisão foi tomada por unanimidade pelos cinco ministros que compõem a 2ª Turma do STF. Integram o colegiado os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello.
Também foram denunciados pelos mesmos crimes a mãe de Geddel, Marluce Vieira Lima; um ex-assessor do deputado, Job Brandão; o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho, que vendeu cotas de empreendimentos imobiliários para os Vieira Lima; e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz, ligado ao MDB da Bahia.
A 2ª Turma decidiu rejeitar a denúncia contra Gustavo Ferraz. Os ministros da 2ª Turma também decidiram manter a prisão preventiva de Geddel. O ex-ministro está detido na Papuda, em Brasília.
A PF encontrou impressões digitais de Geddel e do ex-assessor de Lúcio nos sacos plásticos que envolviam os maços de dinheiro, que somavam pouco mais de R$ 42 milhões e US$ 2,6 milhões.
O deputado Lucio Vieira Lima (MDB-BA) virou réu no STF
O dono do apartamento, Silvio da Silveira, afirmou à Polícia Federal que entregou as chaves do imóvel a Lúcio, que teria pedido o imóvel emprestado com o argumento de que precisava guardar documentos da família.
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