O adolescente de 17 anos que teve uma mangueira de ar comprimido introduzida no ânus por colegas de trabalho em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, morreu após passar 11 dias internado com uma série de complicações.
Dias antes de morrer, Wesner Moreira da Silva, que era homossexual, declarou que a agressão não foi parte de uma brincadeira, como dito pelos acusados. Ele disse ter pedido diversas vezes para que os acusados parassem.
O jato da mangueira estourou o intestino grosso e comprimiu os pulmões de Wesner, trancando as válvulas respiratórias.
"Ele disse que aquilo não era tipo de brincadeira, disse que pediu para eles pararem diversas vezes, mas que só pararam depois que ele começou a vomitar e a defecar", relatou o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelo caso.
Os suspeitos do crime, o dono do lava-jato onde a vítima trabalhava, Thiago Demarco Sena, 26, e o funcionário Willian Henrique Larrea, 30, e uma criança de 11 anos que presenciou a violência, haviam declarado que tudo não passou de uma brincadeira. Os maiores tiveram o pedido de prisão preventiva feito pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).