Por: G1 Bahia
03/08/2017 - 22:08:53

Somente no primeiro semestre de 2017, a Bahia registrou mais de 23 mil casos de violência contra mulheres. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

Do número total de ocorrências, foram registrados 23 casos de feminicídio, quando a vítima é morta apenas pelo fato de ser mulher, e 150 casos de homicídios dolosos, quando há intenção de matar. No mesmo período, também foram contabilizados 174 tentativas de homicídios, 242 estupros, 7.582 lesões corporais e 15.270 ameaças.

Um caso recente de violência contra mulher ocorreu na cidade de Ponto Novo, região norte da Bahia, onde um homem foi preso suspeito de tentar abusar sexualmente da mãe, uma idosa de 67 anos.

Segundo o delegado Felipe Néri da Silva Neto, coordenador da Polícia Civil em Senhor do Bonfim, o suspeito atacou a vítima dentro da casa onde os dois moravam, mas a idosa conseguiu fugir. Na manhã da quarta-feira, a vítima procurou a Delegacia de Ponto Novo e denunciou o crime. O suspeito foi autuado por tentativa de estupro.

Na cidade de Dias d'Ávila, na região metropolitana de Salvador, um homem também foi preso depois de assassinar a companheira a tiros. O crime aconteceu na tarde de segunda (31), e ele foi capturado na manhã de quarta (2), em Camaçari, cerca de 15,3 km de Dias d'Ávila.

De acordo com o delegado Vitor Eça, responsável por investigar o caso, o homem confessou o crime quando foi preso. Testemunhas contaram à polícia que ouviram a discussão do casal, que pode ter sido motivada por ciúmes. Depois da briga houve os disparos de arma de fogo, e vizinhos viram o suspeito fugir de casa levando o filho do casal.

A desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) Nágila Brito diz que toda e qualquer forma de violência deve ser denunciada. "Elas devem ser denunciadas sempre. A ameaça é o prenúncio de um futuro feminicídio. Então, é preciso que haja uma representação. O crime de ameaça depende de representação", destaca. As denúncias podem ser feitas em qualquer delegacia, nas unidades especializadas ou através da central de atendimento à mulher, pelo número 180.

 


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