Por: BN
15/07/2017 - 10:42:55

Fazer uma entrevista de emprego é uma tarefa difícil para todo mundo, certo? Na verdade, não. Um estudo recente, publicado no Journal of Social Sciences, revela que as mulheres têm entrevistas de emprego mais difíceis que homens e são interrompidas mais vezes que os seus competidores do sexo masculino.

O estudo descobriu que os homens são duas vezes mais propensos a fazer uma interrupção quando estão se dirigindo a uma mulher. No entanto, quando ele é interrompido na metade de sua fala, é geralmente de forma positiva ou afirmativa, e isso sugere que ainda há um grave desequilíbrio entre os gêneros em cargos superiores.

A pesquisa analisou entrevistas de emprego das universidades da Califórnian (UC) e do Sul da Califórnia (USC) ao longo de dois anos e descobriu que as mulheres eram questionadas mais vezes pelos entrevistadores, o que tornaria as candidatas mais propensas a perder a calma durante as apresentações.

De acordo com o site da revista Marie Claire, os resultados também evidenciaram que existe uma atitude de cobrança para que as mulheres provem o que dizem. Em média, elas passam por até cinco questões nas quais são interrompidas pelo entrevistador. Por outro lado, os concorrentes do sexo masculino enfrentam quatro.

Foi descoberto também que as mulheres são perguntadas duas questões derivadas a mais, completando 17 no total - pelo menos três a mais que as perguntas para os homens. Ter uma quantidade maior de perguntas durante a entrevista significa que as mulheres gastam mais tempo apenas para rebater questões.

Ao sugerir que as mulheres se deparam com este impasse, o estudo diz: "Mesmo as mulheres com currículos impressionantes que foram pré-selecionadas ainda podem ser consideradas menos competentes, pois são mais desafiadas, às vezes excessivamente, e, portanto, têm menos tempo para apresentar uma fala coerente e convincente". E continua: "Estes padrões de conversas formam um viés quase invisível, o que permite que um clima de competência desafiadora em relação às mulheres persista".

Embora o estudo não fale se, ao serem questionadas, as candidatas são beneficias das de alguma forma, as gravações de vídeo evidenciam que as mulheres entrevistadas frequentemente diziam frases como "por causa do tempo, vou pular essa parte", "não tem muito tempo, eu vou correr um pouco" e "eu estou indo muito rápido aqui porque eu quero chegar à segunda parte". Por esse motivo, acredita-se que exista uma ligação clara entre o número de perguntas e a tendência a se precipitarem em suas apresentações, o que prejudica as cadidatas.


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