Por: Por M de Mulher
11/07/2017 - 05:38:46

Segundo os ginecologistas, nós cometemos alguns erros no uso de protetores diários, absorventes e coletores menstruais. Esses erros podem trazer consequências sérias para a saúde e as ginecologistas Flávia Purcino (voluntária do Instituto Horas da Vida), Fabiane Berta e Maria Luisa Mendes Nazar (do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos) listaram os principais erros das mulheres sobre o uso de protetores no site M de Mulher.

1. Usar protetor de calcinha diariamente: ele deve ser restrito aos dias em que há pequeno fluxo menstrual, apesar de ser considerado um "protetor diário". Pode ser usado também em situações específicas como durante um tratamento. O seu uso impede a ventilação, aumenta a temperatura local e causa perturbações na flora vaginal e altera o pH local, favorecendo a proliferação de fungos e bactérias. Para se sentir mais "fresca" durante o dia, o indicado é levar uma outra calcinha para trocar e não usar o protetor. Em caso de secreções vaginais constantes, é necessário consultar uma ginecologista.

2. Usar protetor de calcinha com aroma para “disfarçar” o odor vaginal: “Se a mulher está com odor vaginal ruim, isso não é normal”, diz Flávia.  “Pode ser desde má higiene até alguma infecção vaginal que precisa ser tratada”. Se não há doença nenhuma, o protetor com aroma pode causar alergias e criar um problema ao invés de solucionar um.

3. Demorar para trocar o absorvente externo: a recomendação é que o absorvente externo seja trocado a cada três horas, aproximadamente.  “Esses absorventes podem conter agentes químicos e irritativos para a mucosa vaginal, que estimulam a proliferação de bactérias e fungos, desencadeando corrimentos, prurido, vermelhidão e inchaço”, diz Fabiane.

4. Usar sempre o absorvente externo com cobertura seca: apesar de absorver mais rapidamente o fluxo menstrual, segundo Flávia, “é uma das principais causas de coceira, irritação e sensação de queimação na vulva durante e após o uso do absorvente”. A ginecologista diz que esses sintomas podem ser de dermatite de contato irritativa ou alérgica.  Os absorventes de cobertura suave são mais indicados, a cobertura seca pode ser utilizada em revezamento.

5. Não trocar o absorvente interno a cada três horas (no máximo): O absorvente interno tem regra mais rigorosa que o externo. Ele precisa ser trocado no máximo depois de três horas de serem colocados. "se as bactérias se proliferarem dentro de uma cavidade interna como a vagina o resultado pode ser a Síndrome do Choque Tóxico, um choque séptico (infecção generalizada)”, diz Luisa.

6. Tentar retirar o absorvente interno com pinça ou algum outro instrumento: quando acontece de a cordinha do absorvente interno arrebentar ou ficar presa lá dentro, o correto é tentar tirá-lo com os próprios dedos (agachada ou em pé com uma das pernas sobre o vaso sanitário são posições que facilitam a retirada). Caso não consiga, vá até um pronto socorro.

7. Ter relações sexuais usando absorvente interno: as ginecologistas contam que muitas mulheres usam absorvente interno para conter o fluxo durante a relação sexual. Se o ato acontecer com um homem, torna-se muito perigoso pois aumenta o njível de infecção por abrigar num mesmo lugar abafado absorvente, sangue, pênis e sêmen. Outro motivo é que o impacto do absorvente durante a penetração pode causar lesões no fundo da vagina.

8. Não seguir as regras de higiene ao tirar e lavar o coletor menstrual: o primeiro maior erro é não lavar as mãos antes de tirar o coletor, isso pode fazer com que bactérias entrem em contato com a região interna, causando infecções. Lavar de forma inadequada também é errado, ele deve ser limpo com água e sabonete neutro a cada quatro horas, no máximo.

9. Deixar os absorventes soltos na bolsa: a menos que os absorventes sejam embalados individualmente, não devem ser jogados na bolsa de qualquer jeito. Devem ser colocados dentro de sacos plásticos limpos, utilizados exclusivamente para eles, para que não tenham contato com dinheiro, escova de cabelos e outros objetos.

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