Por: Tássio Loureiro / AtlanticaNews - com informações do G1
31/08/2018 - 03:36:29

Nesta quinta-feira (30), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) fechou um acordo entre os dois médicos responsáveis pelo mutirão de catarata que deixou pacientes cegos, em Eunápolis.

Foi realizada uma reunião com os advogados dos médicos nesta quinta-feira (30) em Eunápolis, onde ficou decidido que cada uma das 42 pessoas prejudicadas pelo procedimento deve receber R$ 25 mil de indenização.

Na semana passada o Ministério Público estava pedindo R$ 40 mil para cada paciente, mas os advogados alegaram falta de recursos financeiros dos seus clientes e negaram a proposta.

Em contra partida foi feita a proposta de R$ 25 mil que foi aceita pelas vítimas.

O acordo será oficializado durante uma sessão solene, com assinatura do documento, que está sob elaboração. Ainda não há informações sobre como e quando os médicos pagarão as indenizações. A data em que ocorrerá a sessão não foi divulgada.

Caso

Conforme o Ministério Público, o mutirão de cirurgia de catarata foi realizado em julho de 2009, em uma clínica particular contratada pela prefeitura. Os dois médicos que atuavam no local chegaram a fazer 20 procedimentos por dia.

Segundo o MP, 73 pessoas foram atendidas durante o mutirão. Destas, 42 perderam a visão ou tiveram o sentido parcialmente prejudicado por conta das cirurgias. Laudos apontam que os pacientes foram infectados pela bactéria pseudomonas aeruginosa, que tem o solo como ambiente de origem.

A bactéria, de acordo com o MP, é um indicativo de outras irregularidades que também foram apontadas durantes as investigações. Conforme os laudos, os médicos não tomaram cuidados de higiene durante os procedimentos, como o uso de toucas na cabeça e nos pés, além de aventais cirúrgicos nos pacientes.

Por meio do advogado, o médico Wagner Gomes informou que só vai se posicionar sobre o caso em juízo. Já o advogado de Alailson Mendes informou que adotou todas as providências para diminuir a infecção assim que percebeu problemas nos pacientes.

O médico disse, ainda, que eles foram encaminhados para um hospital particular em Salvador, com todas as despesas e cuidados clínicos pagos por ele.
 


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