Por: GloboEsporte.com
18/08/2016 - 18:38:50

O gesto passou a chamar a atenção nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no ano passado, quando os atletas das Forças Armadas conquistaram 67 das 141 medalhas do Brasil. Mas voltou à tona agora na Olimpíada do Rio. A continência de alguns atletas brasileiros no pódio durante o hasteamento da bandeira gera debate. Trata-se de uma questão política para gerar propaganda para Exército, Marinha e Aeronáutica ou é apenas um sinal de respeito à bandeira nacional previsto no regulamento das Forças Armadas? Entenda por que isso acontece:

Dos 465 atletas que disputam a Olimpíada Rio 2016, 145 são militares como mostrou o DNA do Time Brasil feito pelo GloboEsporte.com. Ou seja, 31,2% da delegação. E a maioria desse percentual é formada por atletas de peso. Das dez medalhas conquistadas até agora pelo Brasil, oito foram por atletas que fazem parte do Programa Atletas de Alto Rendimento (Paar) do Ministério da Defesa.

As judocas Rafaela Silva e Mayra Aguiar são da Marinha; o atirador Felipe Wu, a nadadora Poliana Okimoto e o judoca Rafael Silva são do Exército; os ginastas Arthur Zanetti e Arthur Nory e o saltador Thiago Braz são da Aeronáutica. Só o ginasta Diego Hypólito e o canoísta Isaquias Queiroz não fazem parte do projeto. Em Londres, cinco das 17 medalhas brasileiras foram conquistadas por "atletas militares".

O projeto Programa Atletas de Alto Rendimento (Paar) foi criado pelo Ministério da Defesa em parceria com o Ministério do Esporte em 2008 com o objetivo de reforçar a delegação brasileira nos Jogos Militares, que foram disputados em 2011 no Rio de Janeiro. E cresceu depois da Olimpíada de Londres, em 2012. Atualmente, 670 militares fazem parte do Programa, sendo que 76 são militares de carreira e outros 594 temporários. Deles, 145 disputam a Olimpíada no Rio.

Os atletas são livres para prestar ou não continência. Dos oito medalhistas das Forças Armadas, quatro prestaram continência: o atirador Felipe Wu, medalha de prata, o judoca Rafael Silva, bronze, e os ginastas Arthur Zanetti e Arthur Nory. As judocas Rafaela Silva, campeã olímpica, e Mayra Aguiar, bronze, e a nadadora Poliana Okimoto, bronze, não fizeram o gesto. Já Thiago Braz só vai receber a medalha de ouro no salto com vara nesta terça-feira durante uma cerimônia às 21h entre as provas de atletismo, no Engenhão.

 


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