Por: UOL
09/08/2019 - 02:44:06

O Time Brasil estava à espera, e a natação realmente não decepcionou. No primeiro dia de provas da modalidade no Pan de Lima-2019, os nadadores conquistaram três ouros e seis pódios no total para levar a delegação nacional de volta à segunda colocação no quadro de medalhas. A vantagem para o Canadá agora é precisamente de três medalhas douradas. Eles fizeram a diferença.

A conquista mais aguardada foi a do revezamento 4x100m livre masculino, na qual o país chegou ao hexacampeonato. É o maior período de hegemonia do esporte brasileiro nos Jogos, igualando façanha da seleção de handebol feminino. O quarteto ainda quebrou o recorde do evento, para ter mais história para contar.

Além disso, Leonardo de Deus, que só chegou a Lima de última hora graças a um corte por doping e depois de embate de bastidores, se sagrou tricampeão nos 200m borboleta. João Gomes Júnior, por sua vez, comemorou seu primeiro ouro aos 33 anos. E suspirou: para ele, o Pan era como se fosse um assombro. Agora virou uma memória inesquecível.

Fora da piscina, os brasileiros ainda celebram uma jornada produtiva no atletismo e também o primeiro ouro via tênis de mesa. Relembremos.

Foi sofrido, mas foi

Depois de uma prata e um bronze no primeiro dia de disputa de medalhas, o tênis de mesa nacional ganhou seu primeiro ouro nesta terça. Foi com sofrimento, mas a dupla Hugo Calderano/Gustavo Tsuboi se sagrou campeã em final contra argentinos. Os brasileiros chegaram se ver bastante pressionados após ficarem em desvantagem de 2 sets a 1. Mas, mais experientes, deram um jeito de voltar para a partida e vencer em seis sets.

Estão na pista

Na abertura das provas de estádio do atletismo, o lançamento de disco já reservou tensas emoções aos brasileiros. Em grande fase, a paraibana Andressa de Morais parecia ter a conquista do ouro bem encaminhada, com 65,98m alcançados, não só sua melhor marca, como também recorde sul-americano. Faltava apenas uma rodada de competição.

Mas a cubana Yaime Pérez, uma das favoritas tinha outros planos. Na sua última tentativa, acabou deslanchando, atingindo 66,58m para ser campeã. O bronze ficou com a também brasileira Fernanda Borges.

Mais cedo, o paulista Altobeli Santos já havia ganhado uma medalha de prata na disputa dos 5.000m. Só em uma projeção bastante otimista seriam possíveis esse total de três pódios logo de cara.

Além disso, o Time Brasil se posicionou estrategicamente na prova mais visada: os 100m rasos. Não, nossos velocistas ainda não superaram o tabu, ou melhor, a marca dos dez segundos. Mas não quer dizer que Paulo André e Rodrigo Nascimento não tenham feito bonito.

Eles venceram suas semifinais e ainda vão à disputa por medalhas com os dois melhores tempos - Rodrigo com 10s27, contra 10s29 de Paulo André. No feminino, Vitória Rosa também foi à final, com 11s40, o terceiro melhor tempo das semis, atrás da jamaicana Elaine Thompson, que correu ao seu lado (11s36) e da trinitina Michelle-Lee Ahye (11s37). Franciela Krasucki foi eliminada.

A emoção da estreia

O técnico José Neto já dirigiu vários times de basquete em jogos decisivos. Com o Flamengo na conquista de uma Copa Intercontinental. Ou várias seleções de base. Mas, orienta uma seleção brasileira adulta como seu principal comandante, para valer, nunca tinha acontecido. Foi uma longa espera, mas o treinador enfim estreou na função e viu sua equipe bater o Canadá por 79 a 71.

Ao final, Neto mal podia conter sua emoção nas entrevistas. Em quadra, tentando acompanhar os gritos por intensidade do treinador, a pivô Clarissa somou 15 pontos e 11 rebotes, enquanto a ala Patty anotou 14 pontos.

De olho na pelota basca

Sim, você leu direito: fiquemos de olho na disputa da pelota basca, dessas modalidades bem particulares do Pan, sem espaço no programa olímpico. É que há um representante brasileiro na semifinal da disputa de frontón manual, em que o atleta precisa rebater a bola com as mãos sem o uso de nenhum instrumento, diferentemente da raquete e do jogo com cestas.
Estamos falando de Filipe Otheguy, 28, que nasceu na França, não fala português e nunca veio ao país, mas pode dar sua contribuição ao quadro de medalhas do Time Brasil.
 


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